quarta-feira, 17 de junho de 2009

O DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA


Agora no dia 06 de maio, passa a ser comemorado no Brasil o Dia Nacional da Matemática. Isto acontece para divulgar a Matemática como área de conhecimento, sua história e aplicações no mundo, bem como sua ligação com outros ramos de conhecimento, buscando derrubar aquele velho mito de que aprender Matemática é difícil e apenas privilégio de poucos.

Esta data foi criada pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), em homenagem ao nascimento de Júlio César de Mello e Souza, conhecido como MALBA TAHAN, pseudônimo escolhido por adorar escrever histórias árabes. Além de professor de Matemática, Malba Tahan era autor de uma extensa obra, destacando-se o livro O Homem que Calculava.

Por enquanto, o dia nacional da matemática é apenas reconhecido pela SBEM, mas já existem iniciativas para incluir a data no calendário oficial. E através de temáticas comuns, a SBEM também irá organizar e realizar eventos anuais como feiras de exposição e oficinas à comunidade e palestras voltadas para professores para discussão de problemas matemáticos e apresentações teatrais.

(Baseado no texto de Diogo Dreyer)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

POEMA MATEMÁTICO

"Às folhas tantas do livro de matemática, um quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do ápice à base. Uma figura ímpar olhos rombóides, boca trapezóide, corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua uma vida paralela a dela até que se encontraram no infinito.
"Quem és tu?" - indagou ele com ânsia radical.
"Eu sou a soma dos quadrados dos catetos, mas pode me chamar de hipotenusa".
E de falarem descobriram que eram o que, em aritmética, corresponde a almas irmãs, primos entre-si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas,
curvas, círculos e linhas senoidais.
Nos jardins da quarta dimensão,
escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas e os exegetas do universo finito.
Romperam convenções Newtonianas e Pitagóricas e, enfim,
resolveram se casar, constituir um lar mais que um lar, uma perpendicular.
Convidaram os padrinhos:
o poliedro e a bissetriz, e fizeram os planos, equações e diagramas para o futuro,
sonhando com uma felicidade integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos
e foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia.
Foi então que surgiu o máximo divisor comum,
freqüentador de círculos concêntricos viciosos, ofereceu-lhe,
a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, quociente percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo tanto chamado amoroso desse problema,
ele era a fração mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser moralidade,
como, aliás, em qualquer Sociedade ..."

Millor Fernandes